A tragédia humanitária que atualmente vem acontecendo no continente europeu – agravada pelos fatídicos episódios das últimas semanas – convoca toda a comunidade não só a uma profunda e séria reflexão, mas, por sobre tudo, a agir na defesa de um dos segmentos mais importantes do nosso património comum: os Direitos Humanos.

O desafio que devemos assumir, de um modo forte e inequívoco, é, pois, o de garantir que todos – homens, mulheres, crianças, velhos que já nada tendo a perder, arriscam o que lhes resta: a sua própria vida, fugindo da guerra, da fome e da miséria – vejam respeitada a sua dignidade como pessoas que buscam refúgio no espaço comunitário. Outros poderão fazer juízos de oportunidade. Nós não. Outros poderão fazer juízos geoestratégicos. Nós não. Outros poderão fazer juízos sobre a ingenuidade daquilo que se defende. Nós não.

É, pois, tempo dos cidadãos, das organizações e dos agentes políticos – todos sem exceção e na manifestação de um comprometimento ético da responsabilidade – atuarem solidariamente no sentido de que outros, tal como nós, possam disfrutar, ao menos e no imediato, de paz e segurança nas suas vidas.