Provedor de Justiça assinala Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina

A ofensa à liberdade, à integridade física (não só orgânica mas também sensitiva), à saúde e, no limite, à vida da mulher não pode, em circunstância alguma, basear-se em uma tradição ou costume que se ancorem em uma profunda desigualdade entre géneros. Pensar de outro modo implica, de maneira intolerável e a qualquer luz, que se conceba a mulher (e as crianças do género feminino) como um ser humano desigual, reduzido nos seus direitos fundamentais.
Como inabalável defensor dos direitos humanos, o Provedor de Justiça não pode deixar de condenar veementemente esta prática, assinalando, assim, o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina que amanhã se comemora. E, com esta singela mensagem, homenageio todas aquelas que, em nome da tradição ou do que quer que seja, pereceram ou carregam a dolorosa cicatriz do seu corpo incompleto.